segunda-feira, 19 de julho de 2010
Um tango ao contrário
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Poética
Vinicius de Moraes,1950
domingo, 4 de julho de 2010
por falar em teatro…
Falarei em saudades…. Da angústia da véspera e do ser libertário no palco. Um pouco de saudades de tudo aquilo que foi… de tudo aquilo que não chegou a ser e do infinito dos meus sonhos… presentes lá, sublimados lá…
Saudades sim! Dos aplausos depois, das expectativas antes.quem virá?!
o meu chorou agradou?! Da vida, do suor, das noites mal dormidas, da angústia do personagem que não sai, desses apenas guardarei e direi…são do tamanho em que foram vividos…cabe nos meus sonhos na ousadia da lembrança do eterno…do que farei que há por vir….
Saudade da fome, da essência, energia,energia, energia!!… da busca do olhar,da confiança e necessidade do outro que se concretizam no jogo teatral!
Saudade daquilo que não aboli da minha vida, disso que não sei quase nada e no entanto essa busca do que no presente me falta alimenta todas as cores da minha vida….
"No teatro descobri que existem duas realidades, mas a do palco é muito mais real." (Arthur Miller)
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